Via Crucis celebra aniversário com fé e amor ao próximo

Devotos demonstraram sua fé. Foto: Via Crucis

A Via Crucis, construída no trecho de Vargem Grande do Sul que compõe o Caminho da Fé, completou três anos no último sábado, dia 1º. A procissão em oração pelas estações da Via Crucis, que se tornou tradição já em sua inauguração, não pode ser realizada em 2021, mais uma vez, por conta da pandemia da Covid-19. No entanto, a data foi celebrada com ações de fé e solidariedade.
Márcia Iared, diretoria de Cultura e Turismo e membro da Comissão Organizadora da Via Crucis, falou à Gazeta sobre a data. “O Dia do Trabalho em nossa cidade, se consolida também como o dia da Via Crucis”, disse.
“Em tempos de pandemia, continuar dando visibilidade e acessibilidade virtual a esta já tão conhecida obra que envolve o monumento de Aparecida e os 12 quilômetros da Via Crucis, que qualificam o nosso turismo religioso, era nossa missão”, contou Márcia.
“Neste 1º de maio, na ausência da quarta caminhada, além de pedir para que os desempregados da pandemia recuperem seus postos de trabalho, era imperativo orar pelos que lutam pela vida, acometidos desta doença e também pelos que estão na linha de frente deste combate, ou que se arriscam nos serviços essenciais tão importantes na nossa subsistência”, afirmou.
“Em frente ao Monumento tão bem cuidado pela incansável Carmen com ajuda do Wilson, olho para o alto quase sem acreditar em como conseguimos adeptos para fazer daquele sonho uma realidade”, disse Márcia.
“Um filme passa pela cabeça desde aquele dia em que com o desenho do monumento na mão e o entusiasmo no peito, soube que a Prefeitura não podia se envolver em obras religiosas, apesar do seu caráter também turístico, mas naquela dose de entusiasmo que beira a falta de juízo pensei… uma inspiração não vem em vão”.
“Junto com o Lucas, meu assessor, religioso que é, discutindo a questão, ao invés do retorno ao juízo, a loucura ficou maior. Não seria mais apenas um monumento, mas uma Via Crucis inteira no nosso trecho do Caminho da Fé”.
“Por onde começar? Naquela noite da primeira discussão com os simpatizantes convidados, não dormi, porque as pessoas começaram a acreditar e daquela reunião, já saímos com uma Comissão de Construção montada sob a presidência de José Pereti”.
“Acreditaram no projeto, acreditaram no sonho e foram firmes no propósito. Assim, fomos conquistando outros e mais outros sob a proteção de Aparecida, que com certeza era quem nos conduzia sempre em cada solução”.
“Hoje no seu terceiro aniversário é dia de agradecer. Foram muitas as ações, foram muitas as mãos, os donos das terras, alguns dos quais eu nem conhecia foram aderindo um a um. Faltava o mais difícil, o terreno do monumento num lugar visível e espaçoso e então uma luz mandou a Paula de Andrade, que cedeu o lugar ideal”.
“Num frenesi, a comissão fundia as peças da Via Crucis, visitava proprietários e pedia doações de cimento e areia, mourões cercando os terrenos. E naquele espaço aplainado, sobre os cálculos da arquiteta Marcela Cacholla, os dedicados pedreiros faziam brotar das ferragens, as bases, o sustentáculo de Aparecida, enquanto no entorno parceiros da comissão de várias profissões homens e mulheres, limpavam os terrenos, cortavam matos, atendiam com lanches, plantavam flores, carregavam pedras”, recordou.
“Naqueles 16 pontos vieram os tratoristas, munqueiros, eletricistas, pintores, ceramistas, doadores de terrenos, serralheiros, cada um honrado em participar desta história”.
“Naquela emocionante madrugada após a benção do padre Paulo Valim ao som da voz de Lucas Buzato, o pano que cobria o belíssimo mosaico de Aparecida, inspiração de Lourdes Zarif Moukarzel, revelou a Virgem ascendendo ao céu sob o Rio Paraíba de Dina Morandin, protegidas pelos anjos de Manuel e anteparada pelo Beato Donizetti, tão merecedor desta homenagem”.
“A emoção toma conta de todos que ali estavam naquele Primeiro de Maio de 2018, que, carregados de uma energia incontida, chegam em caminhada até a Ressureição, um portal rodeado de flores e da energia positiva da Cidinha do Cuti, completando os 12 km sobre as vias sinuosas do Caminho da Fé”. “E a câmera do menino Angelino, como sempre lá estava para eternizar a expressão de Fé no rosto daqueles primeiros peregrinos”, finalizou Márcia.

Primeiro de Maio 2021 Peregrinação virtual
“Não foram 100, não foram 200, foram 600 peregrinos, como dizia D. Davi na primeira Romaria dos Cavaleiros de Sant´Ana, que já sentiram o clima de fé naqueles 12 km de extensão.
A partir daquele dia, milhares de pessoas já passaram pela Via Crucis e agora na pandemia, de maneira virtual, mais uma vez puderam fazer suas preces, agradecer as graças e principalmente em cada estação dar voz a representantes dos segmentos que mais sofrem e se arriscam nesta pandemia.
As filmagens com três pessoas de cada vez, tiveram o cuidadoso e dedicado preparo do Lucas Buzato, no agendamento das filmagens e edição, seguindo todos os protocolos de segurança.
Era visível a satisfação, emoção e orgulho dos convidados que representavam diferentes categorias, defendendo seus parceiros de luta e dos representantes da Comissão escalados para este grande momento de prece.
Nesta mesma data, na Praça do Cristo Redentor, às 9h, o padre José Carlos, pároco da Paróquia Nossa Senhora Rosa Mística Igreja de Santo Antônio, realizou a benção da primeira oração da Via Crucis junto a imagem de Nossa Senhora, que a Comissão recebeu da Basílica de Aparecida, dando início a parte solidária deste dia especial numa grande campanha em prol dos vicentinos e do Hospital de Caridade”.

Muitos voluntários participaram da ação. Foto: Via Crucis

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