Deterioração dos canos antigos da cidade impressionam

O superintendente Celso Bruno e os novos canos de PEAD

As imagens dos canos antigos da rede de distribuição de água no Centro da cidade, mostradas recentemente nas redes sociais pelo Serviço Autônomo de Água e Esgoto-SAE, impressionam e dão a verdadeira dimensão da importância do trabalho que o SAE está realizando no Centro, através da empresa Cadre Engenharia Ltda, de Campinas.
O projeto é uma iniciativa da atual administração do prefeito Amarildo Duzi Moraes (MDB) e visa modernizar toda a distribuição de abastecimento de água do município, que já fez esta melhoria no bairro da Vila Santana e agora atua em todo o Centro Expandido da cidade, investindo cerca de R$ 8,6 milhões só nesta etapa.
Em entrevista ao jornal Gazeta de Vargem Grande, o superintendente do SAE, Celso Bruno disse que com a troca, um dos principais ganhos será a economia evitando a perda de água tratada que os canos enferrujados, entupidos e furados causam ao município.
Explicou que devido às condições dos antigos encanamentos, há a necessidade de aumentar a pressão da água para que ela chegue aos lares, com as bombas funcionando o dia todo. “Com isso, os pequenos furos viram jatos de água e na maioria das vezes não afloram na superfície e o SAE não fica sabendo onde está ocorrendo os desperdícios”, disse o superintendente.
Esse desperdício acontece em toda a rede mais antiga, principalmente no Centro e seus arredores e nos bairros da Vila Santa Terezinha e Polar, uma vez que a Vila Santana já teve sua rede trocada recentemente, num projeto de modernização da rede de armazenamento e distribuição de água que vai custar em torno de R$ 17 milhões.
Também visa melhorar a qualidade da água que é fornecida aos consumidores vargengrandenses, uma vez que a oxidação dos canos que vem acontecendo em todas estas décadas desde que foram implantados, contribui para que a água chegue com a cor amarelada ou muito escura nas casas, quando há necessidade de fechar a rede. “Quando novamente abrimos a rede, todo esse sedimento que estava dentro dos canos velhos vão para as residências. A água continua potável, porém com a adição dos minerais que se oxidaram nos canos, ela não chega cristalina nas casas”, explicou Celso Bruno.

Perda deve chegar a 50%
Estima-se que encanamentos como estes antigos do Centro, levam a uma perda de aproximadamente 50% da água tratada, gerando um grande prejuízo para todos.
Implantados desde que a prefeitura municipal começou a fornecer água encanada para os munícipes, alguns remontam há mais de 70 anos. “Com o passar dos anos, o tratamento foi sendo aprimorado, foram adicionados mais produtos na água, passando a oxidar ainda mais os canos, corroendo, furando e criando depósitos de minerais que bloqueiam a passagem da água”, disse o superintendente.

Qualidade dos canos novos
Indagado sobre a nova rede que está sendo implantada, Celso Bruno afirmou que o prefeito Amarildo determinou que fosse procurado o que tinha de melhor e mais moderno no setor de tubulação para água, que é o sistema de Polietileno de Alta Densidade-PEAD. “Isso é uma verdadeira revolução na implantação do novo sistema de rede de distribuição de água tratada no município”, falou.
No Centro Expandido, que abrange vários bairros, serão trocados cerca de 40km entre adutoras, redes e ramais e ao contrário das redes antigas, que foram sendo implantadas conforme o crescimento da cidade, segundo o superintendente, agora existe todo um planejamento, com mapas e projetos para a implantação deste novo sistema de distribuição de água que visa a qualidade, eficiência e economia nos custos do tratamento de água do município.

Mais economia
Perguntado sobre quanto seria a economia com as novas redes, Celso Bruno afirmou que ainda não dá para dimensionar, mas que o SAE deverá retirar menos água do Rio Verde, tratar menos quantidade de água e entregar tudo que for tratado, pois haverá diminuição do desperdício. “Esperamos ter uma economia entre 30% a 40%”, estimou.
Hoje, o orçamento do SAE é de R$ 13.200 milhões para 2024 e o superintendente acredita que em pouco tempo, todo o investimento que está sendo feito na cidade deverá ser pago com a economia que será gerada ao evitar tanto desperdício que ocorre nas redes antigas.

Fotos: Reportagem

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