A construção de uma nova Unidade Básica de Saúde (UBS) no Conjunto Habitacional Antônio Carril Filho, em Vargem Grande do Sul, representa um passo significativo na ampliação da cobertura dos serviços públicos de saúde no município. Com valor contratado de R$ 2.386.499,99 e prazo de execução de 20 meses, a obra tem previsão de entrega para novembro de 2026. Mais do que a construção de um novo prédio, trata-se de um investimento em qualidade de vida, acesso e equidade — sobretudo em uma região em que a população vem crescendo.
A obra recebeu recursos do governo após intermediação do deputado estadual Simão Pedro (PT) acionado pelo vereador Paulinho (Podemos), que visitou recentemente o local das futuras instalações da UBS. Segundo o deputado, o governo federal, sob a gestão do presidente Lula, contemplou aproximadamente 300 municípios brasileiros com novas UBS, entre eles Vargem Grande do Sul.
Mas o que representa uma nova unidade básica de saúde para a população? Significa contar com mais acesso à atenção primária, a possibilidade de uma medicina preventiva mais eficiente e, ao final, a menor necessidade de se buscar uma unidade de urgência e emergência, desafogando o Posto de Pronto Atendimento (PPA) Alfeu Rodrigues do Patrocínio. Atualmente, Vargem conta com 11 postos de saúde, espalhados por diversos bairros do município.
Em países onde há atendimento universal e gratuito à população, uma rede de atenção básica forte e atuante se mostrou central na melhoraria da saúde da população, redução de custos com o sistema em si, fortalecimento de vínculo com a comunidade, além do cumprimento de metas estabelecidas pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em indicadores como redução de mortalidade infantil e materna, aumento da expectativa de vida e mais igualdade no acesso a tratamentos.
Porém, para que essa nova unidade, assim como as demais já em funcionamento, cumpram com seu papel de promover a saúde e a melhoria da qualidade de vida do vargengrandense, é preciso que a prefeitura invista não apenas em construir e equipar o prédio, mas também em garantir que ele conte com uma equipe completa de profissionais, que sempre haja medicamentos à disposição e que a cota de exames seja suficiente para o atendimento dos pacientes. Pois ao se erguer um novo prédio de saúde, a demanda por esses insumos, além de tratamentos diversos, como fisioterapia, terapia ocupacional, atendimento psicológico, tende a aumentar naturalmente. Em tempos onde a prefeitura está apertando o cinto e cortando gastos, o investimento em saúde não pode ser afetado.