A maternidade é solitária. Atravessamos noites e noites pensando longe, imaginando o cenário no fim do caminho. Quantos medos, quantos questionamentos sobre o futuro incerto. E o sol custa a chegar… Deus, permita que a noite termine e a luz volte a reinar sobre nossos filhos.
O silêncio do quarto atravessa a porta e invade o mundo. O coração acelera, e o som único e mais importante de nossas vidas ecoa, transformando o desassossego em tranquilidade e paz. Nossos filhos estão inocentemente dormindo. É a visão mais linda que uma mãe pode ter.
Mãe é o bichinho mais esquisito da natureza. Ela fala, briga, gesticula, ri, ora, canta, dança e chora: tudo a um só tempo. E ai de quem tentar entender o significado de tudo isto. Mãe é a força do tsunami, do vulcão em erupção, das ondas bravias, do fogo que lambe a floresta, das bombas nucleares.
Mas também é doce, calma, paciente, resiliente, é amor puro. Nunca tente desvendar o mistério que envolve as mães. Indecifrável ser. Deus permitiu que elas vivam para segurar o mundo, agarrar com as mãos e coração quando tudo parecer desmoronar. Colocar no eixo, aprumar a terra, sacudir e fazer renascer tudo que está a sua volta.
Mãe, manhê, maínha, mamaezita, madre, mamys. São sinônimos de uma mulher que Deus nomeou seu representante aqui na terra para cuidar dos filhos enquanto ele estiver descansando.
Parabéns pra nós! Lourdes Lasmar 10/05/2020